Uma cidade-mirante, Lisboa impressiona pela beleza arquitetônica e ao mesmo tempo pela simplicidade. É um destino barato, comparado a outros na Europa, e não deixa a desejar em nada. Pelo contrário, a gente sai de lá com uma imensa vontade de retornar o quanto antes, como deixamos claro neste post. Além disso, tem ao seu redor outros pequenos municípios, como Sintra e Óbidos, que têm um charme muito próprio e diferente da capital portuguesa. Abaixo a gente mostra para vocês o que fizemos durante os cinco dias que passamos em Portugal.
DIA 1
A melhor forma de conhecer qualquer cidade é andar por suas ruas e becos. O nosso primeiro dia em Lisboa foi dedicado a conhecer os principais pontos turísticos do centro, a começar pelo mais emblemático deles – o Terreiro do Paço também conhecido como Praça do Comércio. Não importa onde você esteja, segue a dica: pega o metrô e desce na estação homônima só para ter o prazer de subir as escadarias e encontrar à frente a estátua de Dom José I e o Arco da Augusta. É um presente daqueles para a memória de qualquer viajante.
Na Praça do Comércio, perca tempo observando o trânsito de pedestres e turistas. Depois, vá até as margens do Tejo antes de iniciar a maratona centro adentro. A primeira parada, quase obrigatória, é a subida no Arco da Augusta. Por 2,50 euros, você acessa por elevador o alto do monumento e de lá tem uma vista privilegiada da praça e também da área comercial do centro de Lisboa.
Faça alguns cliques e depois desça para andar entre a multidão que se aglutina na Rua Augusta. São vendedores de bugigangas, bares com mesas na calçadas, lojas de souvenirs misturadas com muita, muita gente, em uma rua fechada aos veículos motorizados.
Da Rua Augusta, siga em direção ao Elevador da Santa Justa. Você irá se deparar provavelmente com uma fila imensa. Esqueça a fila, caso não faça questão de sair da cidade baixa e chegar à cidade alta pela estrutura de ferro centenária. Outra dica que ninguém nos deu, mas descobrimos na hora: é possível acessar o mirante do topo do elevador subindo à pé. Faça o contorno pelas ruas laterais e você de quebra ainda chegará no Convento do Carmo, ruínas de um antigo convento carmelita destruído pelo terremoto emblemático para Lisboa, ocorrido em 1755. Hoje o espaço funciona como um museu arqueológico.
Saindo do Convento do Carmo, acesse pela lateral a parte alta do Elevador da Santa Justa. Haverá uma fila, para descer, e uma bem menor, para acessar o mirante pagando em torno de 1 euro. De lá é possível ter uma das mais belas vistas de Lisboa, observando o rio, o Castelo de São Jorge e a Praça do Rossio.
Próximo dali, está outro importante ponto turístico da cidade, a Praça Luís de Camões. É provável que você passe por ela outros dias, sobretudo quando estiver indo para o Bairro Alto ou procurando o Café A Brasileira, onde repousa em frente uma estátua de Fernando Pessoa. É na praça Luís de Camões também onde está A Manteigaria, uma excelente alternativa ao tradicional e famoso pastel de Belém. A partir desse ponto, nós indicamos duas opções. Uma delas é seguir para o Miradouro de São Pedro de Alcântara.
A outra, escolhida por nós, é seguir para o Castelo de São Jorge. Andando mesmo, para aproveitar o restinho do dia. As ruas do entorno são um charme, então dá para perder um tempinho caminhando pelos arredores do castelo. Se estiver próximo ao pôr do sol, escolha entrar direto no Castelo. Lá você pode percorrer as muralhas e depois descer para tomar um vinho vendo o sol ir embora.
Ainda neste dia, fomos ousados. Descemos para caminhar pela Alfama, um dos bairros mais tradicionais de Lisboa e onde estão as casas de Fado. Muitas delas estavam começando a abrir quando chegamos. Também passamos pelos Miradouros da Porta do Sol e de Santa Luzia, onde finalizamos o dia vendo o restinho da noite cair.
DIA 2
O segundo dia de viagem será dedicado a conhecer a famigerada região de Belém. Você pode tentar ir no sempre lotado elétrico, saindo do Cais do Sodré ou da Praça do Comércio, ou investir 7 euros em um táxi. Recomendamos sair cedo para aproveitar ao máximo a região. A nossa primeira parada foi a pastelaria de Belém, a loja de doces que desde 1837 vende os pastéis homônimos.
Lá você tem duas opções, comprar as delícias para comer em outro local ou entrar na loja e esperar uma mesa. Ainda que você decida pegar os doces para viagem, não deixe de conhecer os salões do prédio. Eles são enormes e belíssimos, adornados com azulejos azuis e brancos. Dê a desculpa de ir ao banheiro e apenas se perca nos corredores, veja a cozinha – parte do processo é aberto à visualização dos visitantes – e fotografe lustres e paredes.
Ao lado da pastelaria, está o Mosteiro dos Jerônimos, uma construção do séculos 16. Gigante, o prédio dos monges da Ordem de Cristo é considerado monumento nacional português e patrimônio Mundial da Unesco. É lá onde estão os túmulos de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa. Para entrar, há duas opções. Uma delas gratuita, dá acesso apenas a parte da Igreja de Sta. Maria Belém. A outra é paga e você consegue entrar na parte de museu do mosteiro. Daí fica a seu critério escolher!
Bem em frente ao Mosteiro, há uma praça com um jardim incrível. Quando fomos, havia alguns food trucks parados, um deles inclusive vendendo umas cervejas artesanais excelentes. Aproveitamos para fazer uma parada estratégica antes de seguir para a segunda parte do passeio, atravessar a avenida e caminhar do Padrão do Descobrimento até a Torre de Belém, com a ponte 25 de Abril ao fundo. Lá em cima do Padrão, há um mirante. Quando fomos, o monumento estava de reforma. Como o nosso tempo estava meio corrido, então decidimos não subir e ir direto para a Torre de Belém.
A nossa dica caso você queira conhecer todos os pontos da Torre é comprar o ingresso com antecedência pela internet. Há várias filas para conhecer o monumento, a primeira delas será enorme caso você não tenha seguido essa dica aí. E detalhe, você irá esperar no sol até entrar. Lá dentro a primeira parada será a parte baixa da Torre. Depois, através de uma escada você tem acesso ao primeiro piso.
Para subir às partes mais altas da torre, haverá outra fila. O que não falta lá é espera, mas vale à pena! Na região há outros atrativos como os Museus Nacional dos Coches, da Eletricidade, da Marinha e Coleção Berardo.
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Ao deixar a região de Belém, pegue um ônibus ou táxi para almoçar no LX Factory. Antiga Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, LX é um conjunto de lojas, galerias, feirinha e restaurantes descolados em uma antiga região fabril. Lá tem de tudo, a linda livraria Ler Devagar, lojas de mimos para casa e aos domingos uma feirinha. Tudo meio caro, mas vale só pela atmosfera do lugar.
DIA 3
Ao redor de Lisboa, há várias pequenas cidades incríveis. Dedique o terceiro dia de viagem a conhecer Sintra, uma vila que abriga um circuito de antigos palácios e castelos. Sintra é encantadora, do começo da viagem ao fim dela. Lá, não deixe de visitar o Castelo dos Mouros e o Palácio da Pena. Se tiver tempo, vá à Quinta da Regaleira e termine o dia com o inesquecível pôr do sol no Cabo da Roca. Nosso próximo post será dedicado aos detalhes da cidade, como chegar e o que fazer!
DIA 4
Acorde cedo, o quarto dia também será fora de Lisboa. Pegue a estrada para conhecer outra cidade charmosíssima bem pertinho da capital portuguesa. Óbidos lembra os sítios históricos coloniais brasileiros, como Olinda e Ouro Preto, com seus sobrados brancos. Ao mesmo tempo, é envolta por uma muralha que remete a um clima medieval junto ao castelo incrustado no meio da cidade (que hoje abriga um hotel). Dedique uma manhã a caminhar pelos becos de Óbidos, provar a queijada e a ginjinha. Em breve, também detalharemos o encanto da cidade em outro post, como chegar e o que fazer por lá!
Ao retornar a Lisboa, dedique um tempo para conhecer áreas do centro pouco exploradas durante o primeiro dia de viagem ou vá até o delicioso bairro da Estrela. Conheça o Jardim da Estrela e a Basílica de mesmo nome. Depois, vá ao Miradouro de Santa Catarina, terminar mais um dia admirando Lisboa do alto.
DIA 5
Dedique o último dia de viagem a conhecer a região mais moderna da cidade, onde está o Centro Comercial Vasco da Gama, o Parque das Nações e o Oceanário. Você pode chegar lá através da linha vermelha do metrô, parando na imponente estação Oriente. Vale a pena caminhar um pouco pelo shopping e depois se encaminhar para a área do parque. Aviste a Ponte Vasco da Gama e vá direto ao Oceanário de Lisboa. A entrada é cara, custa 17 euros, mas vale cada centavo. É um passeio imperdível, mesmo para quem não tem tanta afinidade com a vida marinha.
O Oceanário de Lisboa é uma das atrações mais visitadas da Europa e não é à toa, ele imerge o visitante apresentando a vida marinha em mais de 32 aquários – dos quais o central com seus 5 milhões de litros d’água é o mais impressionante. São 22 mil metros quadrados de área, de exposições permanentes e temporárias.
Ao deixar o Oceanário, aventure-se pelo teleférico do Parque das Nações, também conhecido como Teleférico da Expo. Ele leva o visitante a 20 metros de altura do Tejo, de uma ponta do parque à outra. Você pode optar por fazer o percurso de ida e volta (por 5,90 euros) ou apenas um dos trechos (3,90 euros). O trecho percorrido chega a 1km. Você pode descer na extremidade oposta ao oceanário e conhecer a área de restaurantes e jardim do parque das nações.
Depois, hora de voltar ao centro de Lisboa para conhecer a Avenida Liberdade e o finalizar o dia no Miradouro do Parque Eduardo VII.
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