Não é muito difícil se apaixonar pelo Rio de Janeiro. Basta subir em qualquer pico e passar alguns segundos observando a paisagem para esquecer o trânsito caótico e a histórica violência da Cidade Maravilhosa. Capital do turismo brasileiro, versos de Vinícius de Moraes e Gilberto Gil, musa dos corpos sarados desfilando na praia, cidade da beleza sem requinte. Não faltam adjetivos para qualificar e explicar o Rio. Entrecortada entre morros, também não faltam lugares para observar a beleza da cidade e criar, você mesmo, uma forma carinhosa de adjetivar o Rio de Janeiro. Selecionamos cinco mirantes, entre pontos famosos e outros ainda pouco divulgados entre os turistas, para desfrutar de cada ângulo do município.
Vista Chinesa
Dentro do Parque Nacional da Tijuca, a Vista Chinesa não é um mirante de acesso muito fácil. Porém o esforço vale à pena. A sensação de estar dentro de uma reserva é de calma e tranquilidade e o pico oferece uma vista de mais de 300 metros acima do nível do mar. A estrutura em estilo oriental tem mais de 100 anos e é uma homenagem aos chineses que estiveram no Brasil durante o século 19. De lá é possível observar o Cristo, a Lagoa Rodrigo de Freitas, as praias mais famosas e o Morro Dois Irmãos.
O que vale a pena: A Vista Chinesa fica dentro da mata, então ao longo do caminho há duas cachoeiras, onde é possível parar e tomar um banho. De lá de cima, é legal ver o nascer ou o pôr do sol, mas não se pode demorar muito tempo. Além de ser um local bastante disputado é também alvo de assaltos em algumas temporadas, segundo moradores da região.
Como chegar
A forma mais fácil de chegar à Vista Chinesa é subindo pela Rua Pacheco Leão (na lateral do Jardim Botânico). Você pode ir de transporte coletivo até lá e pegar um táxi, caso esteja sem carro para subir. A corrida, que cobra bandeira dois a partir da guarita do parque, dura cerca de 20 minutos e custa em média uns 20 reais a 35 reais. A dica é pedir para o taxista ficar aguardando você fazer as fotografias, pois não é aconselhável descer à pé. Pegamos um táxi na frente do Parque Lage, subimos a vista e depois descemos até o Arpoador. A corrida ficou em torno de 55 reais.
Informações:
http://www.corcovado.org.br/index.php?setor=setorb
Forte do Leme
O Forte do Leme é a ponta oposta do primo bem mais famoso, o Forte de Copacabana. Sem o glamour de ter uma Confeitaria Colombo nas dependências, ele tem um dos mais surpreendentes mirantes do Rio de Janeiro. E o melhor: sem aquela afobação de visitantes dos locais mais divulgados. É praticamente você, a natureza e a vista. De lá, é possível ver a Praia de Copacabana de um outro ângulo, estar bem perto do Pão de Açúcar e ainda vislumbrar o horizonte da azul do mar que banha as encostas do morro.
O que vale a pena: escolher um dia com sol intenso é a dica para visitar o Forte do Leme. A paisagem estará deslumbrante. Também vale levar as crianças para conhecer a fortaleza, que conta com uma parte de museu e algumas peças de canhões. É recomendado ir de tênis e levar água.
Como chegar: a fortaleza fica no bairro do Leme, no limite entre Copacabana e Botafogo, dentro das dependências do Exército. Você paga uma taxa simbólica de 4 reais por pessoa para a visitação. Para chegar ao mirante, é preciso disposição para enfrentar uma subida à pé de aproximadamente 20 minutos. O caminho é fácil, dentro de uma área de mata e com o privilégio de respirar o ar puro da natureza. Nem parece que você está em uma metrópole.
Bar da Laje – Vidigal
O cartão-postal não mostra, mas é de morros que o Rio de Janeiro compõe a sua personalidade. São dezenas de comunidades incrustadas nas gigantes pedras que desenham a cidade. E de algumas delas você tem uma visão única da cidade, mesclando os pontos turísticos famosos e a realidade da favela. É o caso do Vidigal, cujo privilégio é estar localizado entre o Leblon e São Conrado, de frente para o mar. A nossa dica para visitar a comunidade e observar a cidade lá de cima é o Bar da Laje, um point de festas, mas que também pode ser visitado em horário de almoço, a poucos metros da pedra do morro Dois Irmãos.
O que vale a pena: guarde um espaço no roteiro para almoçar no bar da laje. Deixe todos os preconceitos de lado e mergulhe na experiência de visitar uma comunidade. Chegue cedo, por volta das 12h15, ou ligue antes para reservar uma mesa na parte frontal varandinha lá de cima. Peça um Hambúrguer do Chef, é divino e gigante. Com uma gelada para acompanhar, deixe-se encantar pelo Vidigal.
Como chegar
Há várias opções para chegar ao Bar da Laje, localizado no Arvão, dentro do Vidigal. Sem dúvida, a mais inusitada delas é também a forma como muitos moradores sobem diariamente o morro: de moto táxi. Por um valor de R$ 2 (decore bem esse preço e pague com antecedência, pois eles podem cobrar mais lá em cima), você sobre pela rua principal do bairro até o bar. Há a opção de pegar também uma kombi, a R$ 3,50. Os dois tipos de veículos você pega na praça de entrada da comunidade, na Avenida Niemeyer. Para chegar lá, basta pegar um ônibus em Copacabana. Há ainda a opção de contratar a van do bar, que pega você no hotel, a um custo mais elevado, ou táxi e Uber.
Informações
Cristo Redentor
O Cristo dispensa apresentações. O mais famoso dentre os pontos turísticos do Rio é uma visita obrigatória a qualquer visitante de primeira viagem na cidade e não deixa de ser um bom passeio para quem já a visitou outras vezes. Considerada uma das sete maravilhas do mundo moderno, a estátua do cristo fica no Morro do Corcovado, respeitando a onipresença divina de visibilidade em quase toda a zona sul e centro da cidade. São 710 metros de altura, de onde é possível ver o Pão de Açúcar, as praias de Copacabana, Ipanema e Leblon, o Maracanã e outros atrativos.
O que vale a pena: Mais do que cumprir o protocolo de tirar uma foto de braços abertos na frente da estátua, vale parar para observar lá de cima cada detalhe do Rio. Brincar de identificar os prédios ou apenas sentar e observar a passagem dos saguis por entre a mata, na parte da escadaria de acesso ao mirante principal.
Como chegar:
Há várias formas de chegar ao Cristo. A mais tradicional delas é com um bondinho, o Trem do Corcovado, que sai do bairro do Cosme Velho. Também é possível pegar uma van em Copacabana, na Praça do Lido, e ir direto. Há vans saindo do também do Largo do Machado e das Paineiras – nessa última opção o turista precisa complementar o trajeto até as Paineiras de carro ou transporte coletivo. A última opção é para aventureiro, uma trilha do Parque Lage até o Corcovado.
Informações:
https://cristoredentoroficial.com.br/
Bondinho do Pão de Açucar
Seria quase uma heresia deixar o Pão de Açúcar de fora dessa lista. Apesar de bastante popular e com um preço para lá de salgado, visitar o bondinho é imprenscindível para declarar amor absoluto pelo Rio de Janeiro. Diferente do Cristo, ele oferece mirantes mais baixos, logo a sensação de proximidade daquela beleza se torna ainda maior. Visitar o Pão de Açúcar pode ser um passeio de meia hora, mas também de um dia inteiro. São duas paradas onde o turista tem pelo menos dois ângulos diferentes da cidade. É possível ver as praias mais conhecidas e outras, como a Praia Vermelha. Há restaurantes, lanchonetes e lojas nos morros, o que dá um certo conforto para quem quer ir com a família.
O que vale a pena: Subir com o bondinho por si só é uma experiência única. Isso porque o equipamento é enorme e a sensação de segurnaça absoluta, apesar de você estar dividindo o espaço suspenso com outras 70 pessoas. Vale perder um tempo admirando a paisagem lá de cima e, se possível, ir no fim da tarde acompanhar o pôr do sol. É indescritível!
Como chegar
O bondinho do Pão de Açúca fica no bairro da Urca, entre o Leme e o Aterro do Flamengo. A entrada fica na Praça General Tibúrcio, a cerca de 15 minutos de táxi ou de ônibus de Copacabana. Indo de ônibus, você desce a cerca de 500 metros da bilheteria. Também é possível acessar o morro fazendo uma trilha pela encosta.
Informações:
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