Canoa havaiana: a nova moda das águas de Fernando de Noronha

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Disposição para acordar antes do sol. Coragem para enfrentar o mar de um jeito diferente. Força para movimentar os braços e o corpo. Disciplina para seguir as regras. E fôlego para se surpreender com imagens que ficarão guardadas para sempre na memória. São os ingredientes para encarar a nova moda de Fernando de Noronha, a Canoa havaiana ou polinésia. O esporte introduzido no Brasil no começo dos anos 2000 chegou ao arquipélago e está conquistando atletas e turistas.

A canoa é uma tradição de águas longínquas, mais precisamente um meio de transporte milenar dos povos polinésios para conquistar territórios. Em Noronha, ela cumpre um papel similar, o de apresentar uma nova perspectiva do arquipélago para os visitantes. Vai além de observar as belezas do alto dos mirantes ou navegar dividindo espaço com muitas outras pessoas. É só você, o instrutor, o balanço das águas e o espetáculo da natureza.

O passeio costuma acontecer sempre ao nascer ou pôr do sol, com saída da Praia da Conceição. A disposição é fundamental, mas não é requisito conhecimento prévio sobre técnicas de remo. As regras básicas são passadas na hora. Não se pode descer ou subir pelo lado direito. Nem sequer inclinar o corpo nessa direção, sob pena fazer o equipamento virar. Uma das mãos vai na parte superior do remo, a outra próxima à base. O segredo é manter a coordenação com o guia. Enquanto ele vai para um lado, você vai para o outro. Quando escutar o grito de “Rip”, troca. As trocas não são frequentes e dá até para descansar no caminho.

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O destino é a Praia do Porto. A depender do horário escolhido, o brinde é um belíssimo nascer do sol atrás das ilhas secundárias. Se a água estiver límpida como costuma estar, também dá para ver um navio grego naufragado em 1929. Na volta, Noronha costuma preparar uma surpresa de arrebatar os corações. Assim como nos passeios de barco, os golfinhos rotadores podem encontrar as canoas. Neste momento, é proibido colocar a mão na água. A canoa para e o momento é sublime. Torça para ter essa sorte!

A atividade custa entre R$ 100 (uma hora) e R$ 180 (três horas), por pessoa. As canoas são para duplas ou grupos de seis. A presença do guia é sempre necessária. “A canoa vai muito rápido, então a diferença entre os passeios será o tempo de descanso e admiração. Quanto mais tempo, mais tranquilo será”, contou o atleta Alef Alves, responsável por introduzir o esporte na ilha e campeão na modalidade. Em média, ele tem realizado duas saídas por dia. A procura está alta. Alef Alves já conseguiu dar a volta na ilha e convida os visitantes a testar um pouco da aventura. Vai encarar?


Canoa Havaiana em Noronha

Como contratar o passeio
Alef Alves
(81) 98681.1553 (ou ir até a Praia da Conceição)

Novos atrativos

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Aldeia dos Sentenciados
As ruínas da Aldeia dos sentenciados, edifício onde pernoitavam os sentenciados de mau comportamento e que já foi presídio feminino, serão abertas à visitação. O local é formado por dois salões laterais e um pátio central, do qual só restam algumas paredes e janelas. Estava tomado pela vegetação e começou a ser limpo. Até o fim de outubro, estará com nova iluminação. “Depois vamos ver com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como podemos abrir para visitação interna. É uma área grande, de 1,2 mil metros quadrados, importante para a história da ilha. A ideia é ter um guia para condução dos visitantes”, afirmou a superintendente de Cultura, Esportes, Lazer e Eventos de Fernando de Noronha, Daniela Alecrim.

                                                     Mirante acessível
mirante 1           O Mirante Dois Irmãos, que permite visualizar os famosos morros da Baía dos Porcos, passou a ser acessível a pessoas com mobilidade reduzida. A trilha suspensa que leva do Posto de Informação e Controle do Sancho foi ampliada. O espaço tem piso de madeira e alguns bancos. Um convite à contemplação.

 

 

Novidade

Agenda online
São quase 5 mil habitantes, mas o suficiente para promover uma vida social e cultural no arquipélago. Participar dos eventos noronhenses é uma forma genuína de viver a ilha como um nativo. A partir de outubro, uma agenda cultural será criada, com a programação local. O material será publicado, sempre no último dia do mês anterior, no site oficial de Noronha. No futuro, a ideia é criar um aplicativo para facilitar o acesso ao conteúdo.

*Texto publicado originalmente no Diario de Pernambuco

**A repórter viajou a convite da administração de Fernando de Noronha

 

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